
O alcance dos objetivos e metas traçados por uma organização, está diretamente ligada à capacidade de seus gestores. Quando olhamos para uma propriedade rural sob a perspectiva de uma empresa, que precisa gerar resultado positivos para ser perene, é necessária uma boa gestão e estratégia para atingir os alvos.
Os registros financeiros de entrada e saída, assim como em qualquer empresa, precisam ser realizado e, necessariamente, deve refletir a realidade do negócio. Este tipo de dado, dão origem a indicadores administrativos e financeiros, que podem servir de parâmetro para fomentar melhorias de processos. O fluxo de caixa reflete o nível de endividamento sendo de extrema importância para na definição da real necessidade de capital de giro, e sobretudo, aumentam a previsibilidade das obrigações financeiros.
Os negócios, sejam eles de caráter agrícola ou não, apresentam problemas quando as funções e responsabilidade são concentradas em apenas um individuo. Delegar atividades e responsabilidades abre portas para a melhoria da gestão e aumento da competitividade. Sendo necessário, para isso, profissionais qualificados, resultando em um ambiente de trabalho seguro para a empresa e motivador para os colaboradores. Os processos, atividades e atribuições (quem faz, o quê e quando!) propiciam o bom relacionamento entre os gestores e os colaboradores.
Os registros financeiros (entradas e saídas) devem ser mantidos, mesmo sabendo que um software ajude no processo, a eficiência está ligada ao hábito de registrar o fluxo do caixa e utilizar estas informações para tomadas de decisões. Consultores podem ajudar neste processo de definição de qual a melhor forma de registrar estes lançamentos.
As empresas, de um modo geral, buscam entender como seus concorrentes operam. Entender o contexto do qual a propriedade rural está inserida e buscar novidades ou as melhores práticas do setor, é uma boa forma de enxergar além da porteira. Buscar saber como os produtores de outros países resolvem seus problemas e qual rumo estão tomando é ter em mente que a propriedade rural está inserida em um contexto maior. A capacidade do gestor em criar e inovar é um diferencial na busca de duradouros resultados positivos.
Uma empresa altamente produtiva não é sustentável se o preço dos seus produtos não for competitivo. A administração dos riscos exige que o gestor esteja bem informado sobre as tendências do setor. A participação em cursos, eventos, oficinas e palestras é de extrema importância, mesmo que as alguns destes eventos não estejam diretamente ligado à atividade principal do seu negócio, pois podem render uma visão que ajudarão a entender melhor os cenários do mercado.
O que não pode ser medido, dificilmente pode ser gerenciado. A ausência de parâmetros e indicadores podem demonstrar uma gestão frágil. A avaliação interna deve ser constante. O gestor deve conhecer a empresa que tem à mão. Muitos gestores acreditam que contratando um sistema completo de gestão (ERP) seus problemas estarão resolvidos, e isso não necessariamente é verdade. Um grande sistema gestão, na maioria das vezes, falham porque não consideram peculiaridades pontuais do negócios. Não há modelos totalmente prontos, e para isso, um consultor pode avaliar o cenário atual em análise e melhorias de processos e desenhar um sistema que atenda exatamente as necessidade da organização, considerando inclusive aspectos futuros como a curva de crescimento da organização.
Os gestores devem adotar a ideia de produzir sem prejudicar o meio ambiente. Através de práticas sustentáveis que economizem recursos, menos desperdício, reciclagem, zelando pela comunidade e preocupação com a origem dos produtos. Esta medida torna-se-á um potencial diferencial competitivo no setor em que atua.
O produtor rural deve buscar a postura de empresário rural. O foco vai além das questões técnicas e deve alçar o entendimento do mercado. Qualquer empresário, independentemente do ramo em que atue, deve ter metas e objetivos de curto, médio e longo prazo. Isto dará suporte no momento das decisões, sobretudo as mudanças motivadas pelo mercado.
As empresas devem planejar a substituição de seus gestores. A perenidade da organização passa, necessariamente, pelo processo de transição que deve ser pensado com bastante cuidado e o quanto antes melhor. As perspectivas devem estar claras para todos os colaboradores, inclusive para o gestor atual. A comunicação clara evitará mal entendidos e impede que a insegurança ganhe força no ambiente de trabalho.
A profissionalização da gestão das propriedades rurais, sem dúvida, exige dedicação e empenho dos seus gestores. Um consultor externo, principalmente, um profissional da área de Gestão do Agronegócio irá fazer toda a diferença neste processo.
Sobre o Autor: Marcus Fabrício é profissional da área de Tecnologia da Informação, bacharel em Ciência da Computação, pós-graduado em Empreendedorismo, MBA Executivo em Gestão de Negócios e MBA em Finanças e Banking. Além de certificações ITIL e COBIT na área de Governança Corporativa. Com experiência na área de Mapeamento de Processos, Levantamento de Requisitos, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Gestão e Projetos.